quarta-feira, 15 de julho de 2015

COMUNICADO

Nos últimos anos, o aumento do mediatismo do futsal feminino em Portugal, principalmente com a criação do Campeonato Nacional e, igualmente, do surgimento da Taça de Portugal, colocou o país a falar da importância do crescimento técnico e táctico das equipas e, por conseguinte, das jogadoras. E depois ainda há os que exigem que a selecção tenha ainda melhores resultados só porque as equipas já têm um Campeonato Nacional.

As exigências fazem parte do dia-a-dia competitivo e ninguém quer fazer melhor do que as próprias jogadoras e o treinador (staff técnico incluído). Mas a questão que se impõem é: E os dirigentes que evolução tiveram? Qual a formação que a entidade que tutela a modalidade impõe aos responsáveis directivos que pensam nos técnicos e jogadores como meras peças de um tabuleiro em que pensam que podem “usar e deitar fora” e, depois, criticar e “cuspir numa sopa” que lhe deu protagonismo à conta do esforço e dedicação à modalidade?

O trajecto da maior parte do grupo que se sagrou campeão nacional no Novasemente começou nas provas Distritais que culminou com a conquista do triplete.

Na última época tudo corria bem dentro do campo (porque fora os apoios prometidos falharam constantemente) até à final da Taça de Portugal. Uma comitiva sem líder, ao contrário dos outros emblemas que mostraram orgulho de estar numa “final four”. Um grupo que foi numa carrinha de 9 lugares e levou dois carros e teve de andar a viajar com bagagem no colo, porque a direcção não disponibilizou um autocarro para um importante evento. Depois da final, o grupo que tinha acabado de ser o finalista da prova foi abandonado, em Sines, pelos dirigentes, não houve uma palavra de conforto do responsável da direcção, nem direito a um jantar de comitiva.

No dia seguinte a termos conseguido uma final histórica (ainda que a tenhamos perdido) o responsável máximo pela direcção do Novasemente resolveu de forma extemporânea dispensar o treinador, sem sequer perceber os reflexos que isso iria provocar na equipa e no clube. Foi uma vez mais o grupo que se uniu, exigiu a continuidade do treinador ou mais de metade da equipa sairia (como aconteceu no final da temporada).

A época acabou em festa, não houve uma palavra honesta do responsável máximo da direcção clube, aliás, nem último treino houve para um convívio de equipa. Nas contas que estavam com meses de atraso foram descontadas coisas hilariantes e, no fim das contas, ainda há um dirigente máximo que tenta denegrir a imagem daquelas que tanto deram ao clube só porque não se identificam minimamente com o futuro que está a ser trilhado.

Não estamos arrependidas por cada gota de suor, cada vez que a dor foi colocada de parte em prol da equipa, sobretudo porque as instituições se sobrepõem a quem por elas passa. Pior mesmo é quem delas quer tirar o protagonismo pessoal sem ter o mínimo de formação desportiva, cultural e social. É bom aparecer em fotos depois das conquistas, mas é sobretudo preciso perceber quem proporcionou esse momento.

Ser ingrato, injusto e pouco inteligente é algo que, felizmente, poucos conseguem congregar no seu todo.

SARA FATIA
RITA RIBEIRO
CÁTIA MORGADO
CLÁUDIA LOBO
SOFIA FERREIRA
FILIPE GONÇALVES
ANTÓNIO ALVES

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